
A missão da EPGE Escola Brasileira de Economia e Finanças (FGV EPGE) é contribuir para o ensino e para a expansão do conhecimento na área de economia. Sempre apoiada pela atividade de pesquisa do corpo docente e discente, a busca da excelência no ensino aplica-se tanto à graduação quanto à pós-graduação. Mensura-se, em particular, pelo acréscimo de conhecimento proporcionado à ciência econômica, pelo sucesso profissional e pelas contribuições cívicas dos seus alunos.
Desde a sua criação, em 1961, a EPGE tem formado parte relevante dos economistas brasileiros de maior destaque profissional, bem como pesquisadores e professores que hoje em dia lecionam em alguns dos melhores departamentos de economia no Brasil e no exterior. Compõem o conjunto de ex-alunos da FGV EPGE funcionários públicos de alto escalão, incluindo Ministros de Estado, Governadores, Presidentes e Diretores do Banco Central do Brasil. Bem como diretores e presidentes (CEOs) de prestigiosas empresas privadas, seja no Brasil ou no exterior.
Por meio de seu corpo docente e discente, a Escola tem também contribuído efetivamente para o desenvolvimento econômico nacional. Tal contribuição se dá não apenas através da provisão de qualidade, com equidade, no acesso à educação, mas também por meio da utilização prática, na formulação de políticas públicas e privadas, do conhecimento que a EPGE produz através de seus estudos e pesquisas.
De forma a alcançar seus objetivos de longo prazo, a Escola pauta-se pelos princípios da união permanente entre ensino e pesquisa; da provocação ao pensamento, no lugar da doutrinação de uns por outros; da internacionalização docente e discente; da utilização do mérito acadêmico e (no caso da provisão de auxílios discentes) também da necessidade social como parâmetros de relevo nas suas decisões; da interdisciplinaridade; da equidade e da diversidade. No que se segue, elaboramos um pouco sobre cada um desses pontos.
Ao juntar a pesquisa do seu corpo docente e discente ao ensino, a Escola provê, como consequência natural desse processo, o que há de mais moderno na literatura especializada internacional. Ao entrar em sala de aula, o professor baseará sua preleção, de modo geral, em torno do trabalho que acaba de discutir, realizar e publicar internacionalmente. Para isso contam os incentivos da Escola.
As publicações, naturalmente, como reza a praxe usual, sujeitam-se ao escrutínio prévio dos pares nacionais e internacionais. Desta forma, colocam o professor (e seus alunos) necessariamente na fronteira do conhecimento científico.
Ao conviverem com o estado da arte científico e tecnológico a cada ponto do tempo, os alunos não ficam sujeitos à depreciação externa do conhecimento (em geral chamada de obsolescência tecnológica). Não estarão estudando com base apenas em livros texto escritos há vários anos (como costuma ocorrer nos centros que não conjugam pesquisa ao ensino), que consolidam conhecimentos oriundos de pesquisas ainda mais antigas, essa uma das importantes ameaças à qualidade do ensino que se dissocia da pesquisa.
A internacionalização docente e discente é crucial para que o ensino não se perca no contexto de fronteiras geográficas. Para isso, os docentes da EPGE são contratados no mercado internacional, estando sempre sujeitos, na sua avaliação, a competir de igual para igual com seus pares nos melhores centros mundiais da sua área de conhecimento.
Na provisão de bolsas de estudo e outros auxílios discentes, a EPGE dá ênfase não apenas ao mérito acadêmico, à força de vontade e à dedicação ao estudo de cada aluno, mas também, no contexto permitido pelas possibilidades da Escola, às suas necessidades materiais.
O objetivo, nesse último quesito, é permitir e fomentar a equidade de acesso. Visto de outra forma, o intuito é tentar não permitir que dificuldades materiais circunstanciais e idiossincráticas possam de alguma forma obstar o acesso ao ensino em nível internacional na área de economia daqueles que ao mesmo desejam se dedicar. Ênfase congênere é colocada no respeito à diversidade.
No mundo atual, a interdisciplinaridade na análise de problemas práticos e científicos é de imensa importância. Isso é facultado e facilitado, na Fundação Getulio Vargas, pela existência de inúmeras outras escolas de excelência na área de ciências sociais. Os estudos complementares em áreas correlatas são incentivados
Ao provocar o pensamento discente, ao invés de se colocar como simples veículo de enunciados pré-estabelecidos, a Escola dá ênfase às soluções e conclusões que emerjam naturalmente dos próprios alunos. Isso se dá, situando-se aí o papel mais ativo da docência, conjuntamente à provisão de teoria econômica e instrumentos matemáticos, estatísticos, econométricos, filosóficos e sociológicos.
Trata-se, método socrático, de usar o termo "educação" na sua raiz etimológica, "ex-ducere", ou "er-ziehen", do alemão. Ou seja, de fazer emergir o potencial e o conhecimento factível a cada ser humano. Em particular, nas dimensões inerentes a cada um, o conhecimento ou a habilidade que permitirá ao aluno o preenchimento pleno do seu potencial. Conhecimentos gerados dessa forma, deduzidos pelo e não induzidos ao aluno, são menos sensíveis à chamada depreciação interna, aqui, significando o esquecimento.
Na EPGE a formação pregressa é importante. Mas a resiliência na persecução do objetivo de aprender não fica em segundo plano. Valorizam-se simultaneamente a prudência quando se traçam objetivos de aprendizado e pesquisa e a modicidade na interpretação dos resultados. Incentiva-se a formação visando à adaptação a novas ideias e tecnologias, ao questionamento permanente e construtivo, à formulação adequada de problemas e a sua posterior resolução. Busca-se passar aos alunos uma linguagem econômica simples e direta, baseada nos fundamentos da profissão. Mas sem deixar de lado o uso dos instrumentos sempre na fronteira do conhecimento e da técnica vigentes.
As publicações de professores nos mais importantes periódicos científicos internacionais têm sido frequentes e crescentes, principalmente após meados da década de 90. O corpo docente se dedica ao magistério e à pesquisa em tempo integral e é convidado a ensinar e apresentar os resultados de suas pesquisas aos melhores departamentos de economia e negócios do mundo. No biênio 2018/19, a Escola teve três publicações no mais importante periódico da área de economia, a revista Econometrica.
Periodicamente, a EPGE tem recebido os mais ilustres professores e pesquisadores da área. Visitaram a EPGE, desde 2010, mais de 350 docentes dos melhores Departamentos de Economia do exterior, incluindo doze visitas presenciais de oito pesquisadores laureados com o Prêmio Nobel em Economia: Robert Engle, Christopher Sims, James Heckman, Edward Prescott, Robert Lucas Jr, Eric Maskin e John Nash. No período da pandemia, o laureado Jean Tirole apresentou seminário de forma remota. Este tipo de intercâmbio acadêmico facilita em muito, para os alunos que desejam dar continuidade aos seus estudos no exterior, a alocação nos melhores e mais destacados departamentos de economia.
A Escola oferece cursos de graduação, mestrado profissional, mestrado acadêmico e doutorado acadêmico. Também publica a Revista Brasileira de Economia, a mais antiga revista acadêmica de economia no Brasil.
O grande patrimônio da Escola, evidentemente, é composto pelas pessoas que a ela pertencem: alunos, professores e funcionários. Não obstante, ainda que qualquer índice de desempenho seja sempre incompleto e passível de melhoramentos, a utilização de ranqueamentos costuma ser comum em avaliações de Departamentos.
Os índices podem ser úteis na medida em que permitam uma sinalização íntegra e profícua para a sociedade. Isso se dá, em particular, quando os resultados se repetem ao longo do tempo (robustez intertemporal) e são oriundos de diferentes origens (robustez longitudinal). Nos dois casos, há provisão factual à robustez dos resultados, conferindo adequação ao seu uso por alunos potenciais e pela sociedade.
Neste sentido, o Ranking Internacional da Universidade de Tilburg classifica a EPGE como o primeiro departamento de economia da América Latina. Com isso, preserva uma tradição de mais de 10 anos como primeiro lugar. Em seguida à EPGE, os departamentos mais bem ranqueados da América Latina são aqueles da University of the Andes (2ª) e da Pontifical Catholic University of Chile (3ª).
Na classificação mundial, a EPGE alcançou a melhor classificação em 2018, quando atingiu a 76ª posição, à frente de universidades norte-americanas e europeias de renome internacional.
No que diz respeito aos índices do Ministério da Educação (MEC), a EPGE obteve o primeiro lugar nacional em 9 das 14 avaliações do Índice Geral de Cursos (IGC) efetuadas pelo MEC. As avaliações incluem em torno de 2100 Instituições de Ensino Superior (IES) no Brasil, incluindo todas as áreas de conhecimento.
A Escola obteve também o primeiro lugar do ENADE na área de economia nas duas últimas avaliações (2015 e 2018). São agora cinco avaliações desse tipo já feitas pelo MEC, tendo a EPGE obtido por três vezes o primeiro lugar.
Na graduação, a EPGE continua mantendo seu padrão de excelência histórico, no qual, obteve, pela quarta vez, nas 6 últimas avaliações, primeiro lugar nacional da ANPEC dentre as Graduações em Economia do Brasil. Os últimos seis concursos da ANPEC contaram com uma média de 1001 candidatos classificados de diversas instituições de ensino superior. Nesse período, 27,5% dos alunos oriundos da graduação EPGE que prestaram o exame se situaram dentre os dez primeiros lugares. A título de comparação, os demais três departamentos com nota máxima da Capes no Brasil obtiveram percentuais abaixo de seis por cento.
No que diz respeito às avaliações da CAPES, a Escola tem o grau máximo na avaliação de todos os seus programas.
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Espero, com esse texto, ter conseguido passar aos leitores e alunos potenciais da Escola um panorama geral de nossa forma de pensar e de nossa atuação. Evidentemente, na visão daquele que o subscreve.
Atenciosamente,
Rubens Penha Cysne
Professor e Diretor Geral da EPGE
Rio de Janeiro, dezembro de 2022